sábado, 30 de julho de 2016

Escutas em investigação de desvios em Angra 3 revelam queima de provas

PROJETOS EAS GERAÇÃO DE ENERGIA AUTO SUSTENTÁVEL .
Tudo esta parado por falta de recursos financeiro esta aberto para investidores para todos os países  ... Com os Projetos EAS e possível evoluir sem destruir .

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ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .
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ORDEM E PROGRESSO .

BRASIL NO SEU DIA A DIA .

Com os Projetos EAS e possível evoluir sem destruir o meio ambiente .

Compartilhando com todos os amigos .

FONTE DE INFORMAÇÃO .

G1 globo.com

07/07/2016 21h16 - Atualizado em 07/07/2016 21h18

Escutas em investigação de desvios em Angra 3 revelam queima de provas

Gravações são entre Ludmila Gabriel Pereira e pessoas não identificadas.
Ela e mais 9 foram presos na ação que derrubou cúpula da Eletronuclear.

Do G1 Rio
Jornal Nacional teve acesso a escutas telefônicas, feitas com autorização da Justiça, nas investigações que derrubaram a cúpula da Eletronuclear, em operação que teve dez presos na quarta-feira (6).
As gravações registram conversas entre Ludmila Gabriel Pereira, uma das detidas, e pessoas ainda não identificadas. As investigações revelaram que ela é sócia de uma das empresas envolvidas no esquema que desviou R$ 48 milhões das obras da usina nuclear de Angra 3, segundo o Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o MPF, o dinheiro vinha da construtoraAndrade Gutierrez e foi usado para pagar propina a políticos, executivos e diretores da estatal.
Em uma ligação em abril, Ludmila conta que ia queimar papéis. Para os promotores, eram documentos importantes para a investigação.
Ludmila - Eu vou aí, deixa só eu terminar de fazer uma fogueira aqui que eu estou fazendo.
Não identificado - Fogueira?
Ludmila - Ah, eu estava rasgando papel, sabe?
Ludmila - Eu só estou aqui numa leva aqui agora, a fogueira tá alta já.
Meia hora depois, em uma outra ligação, ela revela onde queimava tudo.
Ludmila - Está na churrasqueira. E botar plástico dentro dela, esse papel de acetato de transparência, sabe o que que é?
Não identificado - Botar o que?
Ludmila - Plástico.
Não identificado - Ah, só vai sair o cheiro, vai derreter e vai ficar o cheiro.
Ludmila - Vai ficar cheiro ruim, né?
Não identificado - É, não bota agora, não.
Em uma gravação de maio, Ludmila conta que está queimando documentos. De novo, mas tem dificuldades.
Ludmila - Eu estou tentando botar fogo aqui e não estou conseguindo.  Botar fogo aqui nos papéis ainda que não terminei de queimar ainda não, cara.
Não identificado- Que álcool é esse, não é água, não?

Dias depois, ela avisa que tinha conseguido.

Ludmila - Estou em casa, cortando papel.
Não identificado- Ainda?
Ludmila – Ainda. Mas agora eu queimei a parte principal também, acho que já foi, já foi tudo, graças a Deus. Agora, agora a gente fica mais sossegada também.
Prisão
O sossego não durou muito. Ludmila foi uma das dez pessoas presas acusadas de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina. A operação Pripyat, a primeira da força-tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro, atingiu a cúpula da Eletronuclear.
Os 10 mandados de prisão — sete preventivas e três temporárias — foram cumpridos, incluindo o principal alvo da operação, o ex-diretor-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva. A operação também levou em condução coercitiva para a superintendência da PF no Rio o atual presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo Diniz, que foi afastado do cargo.

"Um dos motivos que fundamentou a prisão preventiva também é impedir que essas pessoas ocultem, continuem a praticar condutas de ocultação para esse dinheiro”, disse o procurador Lauro Coelho Junior.
A defesa de Ludmila Gabriel Pereira não foi encontrada. A construtora Andrade Gutierrez voltou a afirmar que mantém o compromisso de colaborar com a Justiça e a Eletronuclear não se manifestou.

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