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Fonte de informação .
G1 globo.com
ANDRÉIA SADI
Santana e Monica devem confirmar caixa 2 ao TSE, avaliam advogados
A autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que os ex-marqueteiros João Santana e Monica Moura sejam ouvidos no processo da chapa Dilma-Temer pegou os advogados de defesa de surpresa.
Diferentemente do depoimento de Guido Mantega, um pedido do PT, as oitivas do casal do marqueteiro não são bem-vindas pelas defesas de Dilma e Temer.
Motivo: os advogados ouvidos pelo blog avaliam que João Santana e Monica Moura vão confirmar o recebimento de caixa dois, delatado pela Odebrecht, para a campanha de 2014. Também vão discorrer sobre pagamentos para campanhas do PT de 2008 a 2012, além da campanha presidencial de 2010.
Para fora do âmbito eleitoral, temem ainda revelações sobre a era Lula. O casal também atuou no marketing do ex-presidente Lula.
Um advogado do processo observou em conversa com o blog nesta terça-feira que o casal é personagem constante da manifestação final do Ministério Público Eleitoral, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, e que está sob sigilo.
A GloboNews teve acesso ao documento, enviado ao TSE.
Nesse processo, o MP atua como fiscal da lei. Foi o MP que pediu que João Santana e Monica fossem ouvidos na ação do TSE.
Para os advogados, os depoentes devem confirmar os pontos listados pelo Ministério Público no documento.
Diferentemente do depoimento de Guido Mantega, um pedido do PT, as oitivas do casal do marqueteiro não são bem-vindas pelas defesas de Dilma e Temer.
Motivo: os advogados ouvidos pelo blog avaliam que João Santana e Monica Moura vão confirmar o recebimento de caixa dois, delatado pela Odebrecht, para a campanha de 2014. Também vão discorrer sobre pagamentos para campanhas do PT de 2008 a 2012, além da campanha presidencial de 2010.
Para fora do âmbito eleitoral, temem ainda revelações sobre a era Lula. O casal também atuou no marketing do ex-presidente Lula.
Um advogado do processo observou em conversa com o blog nesta terça-feira que o casal é personagem constante da manifestação final do Ministério Público Eleitoral, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, e que está sob sigilo.
A GloboNews teve acesso ao documento, enviado ao TSE.
Nesse processo, o MP atua como fiscal da lei. Foi o MP que pediu que João Santana e Monica fossem ouvidos na ação do TSE.
Para os advogados, os depoentes devem confirmar os pontos listados pelo Ministério Público no documento.
OS PRINCIPAIS PONTOS, PARA O MP ELEITORAL
O blog listou os principais pontos apontados pelo Ministério Público Eleitoral:
- Relação com João Santana: segundo Marcelo Odebrecht, a relação começou em 2008, quando o ex-ministro Antonio Palocci o procurou para tratar de contribuições para a campanha de 2008. "Ele pediu ao depoente que desse garantias a João Santana de um pagamento entre R$ 15 e R$ 18 milhões. O depoente avisou a Palocci que não lidava com campanhas municipais, somente com as presidenciais. Assim, eles acertaram um valor para a campanha de 2010, e tudo o que fosse pedido por Palocci antes, seria descontado desse valor".
- Campanhas de 2008 a 2012: Marcelo Odebrecht disse que o grupo pagou João Santana por serviços prestados para as campanhas municipais de 2008 a 2012, para a campanha de 2010 e até mesmo por serviços prestados em campanhas no exterior que o PT tinha interesse em ajudar. Ou eram pagamentos via oficial, através de doações para o PT, ou caixa dois, no Brasil ou exterior.
- Guido Mantega e João Santana: Marcelo afirmou que Dilma disse a ele que assuntos de contribuições deveriam ser tratados diretamente com Mantega. "Agora, a única coisa que eu.. é claro.. eu não sei especificar o momento em que eu tive essa conversa com ela, mas isso sempre ficou evidente, é que ela sabia dos nossos pagamentos a João Santana. Isso eu não tenho a menor dúvida".
- Dilma e caixa dois: O MPE diz que Marcelo Odebrecht reafirmou entender que Dilma sabia dos pagamentos a João Santana via caixa dois: "a ilicitude, no caso da campanha dela, está na questão do que ela sabia do João Santana e do caixa dois. (..) Marcelo dizia a Dilma, sobre João: "Olha, aquele seu amigo está sendo bem atendido".
- R$ 20 milhões em 2014: MPE diz que na operacionalização dos recursos do esquema da Odebrecht, "ficou comprovado o pagamento, via caixa dois, pela Odebrecht, em agosto de 2014, de vinte milhões de reais, tendo como destinatária Monica Moura, esposa de João Santana".
- 4,5 milhões antes, durante e depois: "Também houve outro pagamento de $ 4,5 milhões a Monica, via caixa dois, antes, durante e logo após o período eleitoral, por Zwi Skornocki, dinheiro esse fruto da propina devido ao PT", escreveu o MPE. "Ela recebeu em pleno ano eleitoral, em parcelas pagas de novembro de 2013 a novembro de 2014, como demonstram os extratos juntados por Skornicki. Ou seja, Monica recebeu esse dinheiro antes, durante e logo após o período eleitoral".
- Vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino: "Não há como negar, nesse contexto, os indicativos de que tal dinheiro – ou ao menos parte dele – tenha sido utilizado para a campanha dos representados, pois, naquele momento, a principal campanha eleitoral movida pelo partido era justamente a dos representados, e João Santana se dedicava a ela naquele hiato".
O blog listou os principais pontos apontados pelo Ministério Público Eleitoral:
- Relação com João Santana: segundo Marcelo Odebrecht, a relação começou em 2008, quando o ex-ministro Antonio Palocci o procurou para tratar de contribuições para a campanha de 2008. "Ele pediu ao depoente que desse garantias a João Santana de um pagamento entre R$ 15 e R$ 18 milhões. O depoente avisou a Palocci que não lidava com campanhas municipais, somente com as presidenciais. Assim, eles acertaram um valor para a campanha de 2010, e tudo o que fosse pedido por Palocci antes, seria descontado desse valor".
- Campanhas de 2008 a 2012: Marcelo Odebrecht disse que o grupo pagou João Santana por serviços prestados para as campanhas municipais de 2008 a 2012, para a campanha de 2010 e até mesmo por serviços prestados em campanhas no exterior que o PT tinha interesse em ajudar. Ou eram pagamentos via oficial, através de doações para o PT, ou caixa dois, no Brasil ou exterior.
- Guido Mantega e João Santana: Marcelo afirmou que Dilma disse a ele que assuntos de contribuições deveriam ser tratados diretamente com Mantega. "Agora, a única coisa que eu.. é claro.. eu não sei especificar o momento em que eu tive essa conversa com ela, mas isso sempre ficou evidente, é que ela sabia dos nossos pagamentos a João Santana. Isso eu não tenho a menor dúvida".
- Dilma e caixa dois: O MPE diz que Marcelo Odebrecht reafirmou entender que Dilma sabia dos pagamentos a João Santana via caixa dois: "a ilicitude, no caso da campanha dela, está na questão do que ela sabia do João Santana e do caixa dois. (..) Marcelo dizia a Dilma, sobre João: "Olha, aquele seu amigo está sendo bem atendido".
- R$ 20 milhões em 2014: MPE diz que na operacionalização dos recursos do esquema da Odebrecht, "ficou comprovado o pagamento, via caixa dois, pela Odebrecht, em agosto de 2014, de vinte milhões de reais, tendo como destinatária Monica Moura, esposa de João Santana".
- 4,5 milhões antes, durante e depois: "Também houve outro pagamento de $ 4,5 milhões a Monica, via caixa dois, antes, durante e logo após o período eleitoral, por Zwi Skornocki, dinheiro esse fruto da propina devido ao PT", escreveu o MPE. "Ela recebeu em pleno ano eleitoral, em parcelas pagas de novembro de 2013 a novembro de 2014, como demonstram os extratos juntados por Skornicki. Ou seja, Monica recebeu esse dinheiro antes, durante e logo após o período eleitoral".
- Vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino: "Não há como negar, nesse contexto, os indicativos de que tal dinheiro – ou ao menos parte dele – tenha sido utilizado para a campanha dos representados, pois, naquele momento, a principal campanha eleitoral movida pelo partido era justamente a dos representados, e João Santana se dedicava a ela naquele hiato".
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