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G1 globo.com
Prédio de 24 andares desaba após incêndio no Centro de SP
Moradores dizem que fogo começou por volta das 1h30 desta terça-feira (1º). Imagens mostram edifício desabando quando homem era resgatados pelos bombeiros.
Por G1
Um prédio de 24 andares pegou fogo e desabou na região do Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira (1º). O local era uma ocupação irregular, e moradores afirmam que o fogo começou por volta da 1h30 no 5º andar e se espalhou rapidamente pela estrutura.
- Um homem era resgatado pelo bombeiros no momento que o prédio desabou. Ele ainda não foi localizado (veja vídeo abaixo)
- Ainda não há um balanço oficial de feridos ou vítimas
- Um prédio vizinho que havia sido atingido pelas chamas na madrugada voltou a pegar fogo por volta das 9h da manhã
- A região está isolada, há interdições no trânsito nas imediações do Largo do Paissandu e linhas de ônibus foram desviadas
- A queda do prédio destruiu também grande parte de uma Igreja Luterana localizada ao lado da construção
- 248 pessoas que estavam no prédio estão sendo atendidas pela prefeitura, segundo o secretário de Assistência Social
- Prefeito estima que trabalho de retirada dos escombros deve durar uma semana
Desabamento
O coronel Max Mena, do Corpo de Bombeiros, afirmou que o homem que caiu quando o prédio desabou já estava com equipamento de segurança para ser resgatado. Ainda na madrugada, ele chegou a ser considerado morto, mas pela manhã os bombeiros esclareceram que buscas serão feitas.
"A experiência diz que não é fácil encontrar alguém com vida", comentou o capitão Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros em São Paulo.
Os bombeiros chegaram a dizer que havia possibilidade de outras três pessoas estarem desaparecidas, mas não foi divulgado um balanço oficial.
O edifício alto e todo revestido de vidro ficava na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Antonio de Godoi e já abrigou uma repartição pública. Segundo os bombeiros, a condição do prédio contribuiu para que as chamas se espalhassem rapidamente.
"[...] Tinha muito material combustível: madeira, papel, papelão, algo que fez com que essa chama se propagasse com rapidez. E a própria estrutura do prédio, sem os elevadores, formando essa chaminé, fez com que causasse o incêndio de forma generalizada na edificação", disse o porta-voz dos bombeiros, Marcos Palumbo.
O secretário de Assistência Social da Prefeituras de São Paulo, Filipe Sabará, disse à GloboNews que 90 famílias, num total de 248 pessoas, estavam no prédio e estão sendo atendidas pela secretaria. A prefeitura pretende levá-las para um centro de acolhida.
O prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que o trabalho para a remoção total dos escombros deve durar uma semana. Segundo ele, 150 famílias que se identificavam como moradoras do edifício estavam inscritas na Secretaria de Habitação.
Buscas
Já de manhã, os bombeiros trabalhavam para combater os últimos focos de incêndio e cães farejadores chegavam ao local para começar as buscas por possíveis vítimas.
O Corpo de Bombeiros faz um mapeamento da área para iniciar a retirada dos escombros. Segundo o tenente André Elias, o segundo prédio atingido pelo fogo não corre risco de desabamento e todos os moradores já foram retirados do local.
Vizinhos ao prédio atingido inicialmente pelo fogo foram orientados a deixarem os imóveis.
"Tinha chegado em casa, estava me preparando para tomar banho e a vizinha veio falando para todo mundo descer. No que a gente desceu, metade do meu prédio já estava na rua, tinha galera pulando, muito triste", afirmou Victor Hinckel, morador de um dos edifícios da região.
"A gente achou que o fogo fosse terminar assim que os bombeiros chegassem", afirmou.
Há interdições no trânsito entre a Avenida Rio Branco e a Rua Antônio de Godói, na região central. Segundo os bombeiros, são mais de 160 homens trabalhando no combate às chamas e 57 viaturas estão no local.
Um helicóptero também ajuda na ocorrência. Equipes do Samu, da Defesa Civil, da Companhia de Engenharia de Tráfego e da Polícia Militar trabalham no local.
O internauta Richard Paiva também flagrou o momento em que um dos edifícios desabou
INCÊNDIO E DESABAMENTO NO LARGO DO PAISSANDU
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