segunda-feira, 6 de junho de 2016

Janot acusa ministro do Turismo de receber grana desviada da Petrobras

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Com os Projetos EAS e possível evoluir sem destruir o meio ambiente .

Compartilhando com todos os amigos .

FONTE DE INFORMAÇÃO .

R7 NOTICIAS .


6/6/2016 às 07h49 (Atualizado em 6/6/2016 às 09h14)

Janot acusa ministro do Turismo de receber grana desviada da Petrobras

Henrique Alves (PMDB-RN) teria recebido dinheiro para favorecer empreiteira OAS, diz jornal
Do R7
Janot indica que Alves (foto) teria recebido grana desviada da Petrobras, por intermédio de Eduardo Cunha, para favorecer OASFabio Rodrigues Pozzebom/16.05.2016/Agência Brasil
O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é o mais novo integrante do governo Temer acusado de ter recebido recursos ilegais do esquema de corrupção instalado na Petrobras. Desde o início do governo Temer, dois ministros — Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência) — caíram por serem incriminados pela Operação Lava Jato.
A denúncia está em pedido de abertura de inquérito do PGR (Procurador-geral da República), Rodrigo Janot, enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal). As informações são do jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira (6).
De acordo com o jornal, Alves, que foi presidente da Câmara dos Deputados e foi derrotado na disputa ao governo do Rio Grande do Norte nas Eleições 2014, teria recebido dinheiro da OAS com a intermediação do presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Parte dos recursos, inclusive, foram usados para bancar a campanha eleitoral de Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. Além de Cunha, também estaria envolvido o ex-presidente e sócio da OAS Léo Pinheiro, já condenado na Lava Jato a 16 anos de prisão.
A investigação contra Alves, Cunha e Pinheiro foi enviada ao Supremo em abril e corre em segredo de justiça, mas o jornal paulista conseguiu o despacho de Janot. Cunha e Alves atuariam para favorecer as empreiteiras no Congresso e, em troca, recebiam doações.
Janot escreveu que o próprio Henrique Alves operou para ganhar recursos: “Houve, inclusive, atuação do próprio Henrique Eduardo Alves para que houvesse essa destinação de recursos, vinculada à contraprestação de serviços que ditos políticos realizavam em benefício da OAS”.
Ainda conforme o PGR, “tais montantes (ou, ao menos, parte deles), por outro lado, adviriam do esquema criminoso montado na Petrobras e que é objeto do caso Lava Jato”.
A Folha de S.Paulo informa que não é possível saber se o ministro do Supremo Teori Zavascki autorizou a abertura de investigação contra os três porque o caso corre em segredo de justiça. Existem suspeitas de crimes como corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro.
Janot afirma que Alves e Cunha receberam as doações de forma oficial (seguindo as regras da Justiça Eleitoral), mas elas são “vantagens indevidas disfarçadas”, nas palavras dele próprio no despacho.
A PGR afirma que Alves prometeu à OAS atuar no TCU (Tribunal de Contas da União) e no Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, onde havia pendências da empreiteira. Em 2014, Alves recebeu doações legais de campanha no valor de R$ 650 mil da OAS e outros R$ 4 milhões da Odebrecht, que, segundo a PGR, foi repassado para o então candidato ao governo do Rio Grande do Norte porque seriam parte de um acordo entre as duas empreiteiras.
Em nota, o Ministério do Turismo informou que "todas as doações recebidas pela campanha de Henrique Eduardo Alves foram de acordo com a lei, registradas nos tribunais eleitorais, absolutamente transparentes".
Michel Temer
Na semana passada, o presidente interino Michel Temer afirmou que ministros do seu governo incriminados na Operação Lava Jato deveriam pedir exoneração do cargo por conta própria, porque já existe uma “jurisprudência” sobre o caso na sua administração.
— Acho que os ministros sairão [caso sejam incriminados], eu não tenho a menor dúvida disso. Se houver incriminações, eu acho que o próprio ministro tomará a providência. [...] Já tem uma jurisprudência firmada na minha administração.
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