sábado, 4 de junho de 2016

Verba da Presidência pagou dívida de campanha de Dilma, diz delator

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Edição do dia 03/06/2016
03/06/2016 21h23 - Atualizado em 03/06/2016 21h23

Verba da Presidência pagou dívida de campanha de Dilma, diz delator

Em delação, Bené cita quitinete para esconder propina de Pimentel.
Ele acusa ainda o PT de arrecadar propina como doação eleitoral.

Um empresário declarou em delação premiada que um contrato da Secretaria de Comunicação da Presidência da República foi usado para pagar dívida da primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff. A informação foi publicada pela revista Época.
A delação do empresário Benedito Oliveira Neto, o Bené, foi publicada no site da revista Época e confirmada pela TV Globo.
Nela, Bené afirma que tinha uma quitinete, em Brasília, para esconder até R$ 12 milhões em propina do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT. Ele disse que guardava o dinheiro vivo em Brasília e depois levava para Belo Horizonte. O dinheiro arrecadado era para o caixa dois da campanha de Pimentel em 2014.
A Polícia Federal acusa Bené de ser o principal operador de Fernando Pimentel, que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do primeiro governo Dilma.
Em outro trecho da delação, Bené diz que, em agosto de 2014, Pimentel fez um contato com Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, acertando contribuição de campanha no valor de R$ 1 milhão.
Para pagar as despesas, Bené deveria manter contato com o dono da empresa Samba Produções. Esta empresa era contratada pelo Sesi/Senai e desenvolvia, com recursos do sistema S, o evento Olimpíada do Conhecimento, chamado por Bené, na delação, de Olimpíada da Matemática.
Segundo Bené, Pimentel dizia que a proprietária da agência de comunicação Pepper interativa, Danielle Fonteles, reclamava constantemente de valores pendentes da campanha presidencial de 2010 e das prefeituras em 2012, realizadas para o PT.
O empresário também afirmou na delação que houve desvio de dinheiro em contrato da Presidência para pagar dívida de campanha da presidente afastada, Dilma Rousseff.
Investigado na Operação Acrônimo, da Polícia Federal, Bené está preso desde abril. Ele disse que o ex-chefe de gabinete de Dilma Rousseff e atualmente secretário-executivo do gabinete pessoal dela, Giles Azevedo, usou contrato do Palácio do Planalto em 2015 para quitar dívida da campanha presidencial de 2010.
Bené contou que a operação foi de 2014 a 2015. Ele disse ainda que Giles Azevedo atuou para que a Secretaria de Comunicação da Presidência pagasse a dívida por meio de um contrato com a agência Click, na qual, segundo Bené, a Pepper teria uma participação. A licitação foi no valor de R$ 44,7 milhões.
Bené disse que a contratação da agência Click seria uma maneira de não expor as partes (governo e Pepper).

O delator acusa também o PT de arrecadar propina como doação eleitoral na campanha de 2014. Segundo a revista, a propina foi, inclusive, destinada ao diretório nacional do partido.

O empresário disse também que o governador mineiro, Fernando Pimentel, cobrou R$ 5 milhões em propina do grupo JHSF, responsável pelo aeroporto Catarina, em São Roque, no interior de São Paulo.

O valor teria sido pago como compensação pelo lobby que Pimentel teria feito para que o grupo pudesse operar no aeroporto, que ainda não foi inaugurado.

A delação de Benedito Oliveira Neto foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça e segue em sigilo. Agora, a Procuradoria-Geral da República estuda medidas a serem tomadas, como a abertura de novas investigações ou a inclusão de dados em apurações já abertas.

O coordenador jurídico da campanha de Dilma em 2014, Flávio Caetano, declarou em nota que toda a arrecadação foi feita de acordo com a lei eleitoral e que a acusação é inverídica. Caetano afirmou que é lamentável que a delação premiada seja, segundo as palavras dele, mais uma vez usada politicamente por meio de vazamentos seletivos.
Giles Azevedo disse que os fatos indicados na reportagem são inverídicos e baseados em narrações de ouvir dizer de terceiros. Ele afirmou que nunca foi responsável por gestão ou negociação de contratos de publicidade da Secom e tampouco conhece os representantes ou prepostos da Agência Click.
Segundo ele, a Agência Pepper não trabalhou para a campanha da Presidência da República em 2014, razão pela qual desconhece a existência de dívidas de campanha com aquela empresa.
O PT declarou que todas as doações recebidas pelo partido foram realizadas dentro da legalidade e declaradas à Justiça Eleitoral.
A defesa de Fernando Pimentel afirmou que as notícias são absolutamente falsas. Segundo a defesa, elas demonstram o desespero de quem está disposto a alimentar o imaginário acusatório e a tentativa de condenação pública de quem é investigado.
Em nota, o advogado da Agência Pepper Interativa disse que as afirmações publicadas pela revista Época são totalmente inverídicas, que o tema já foi tratado nas investigações e que é de conhecimento das autoridades.
A Isobar Brasil, nome atual da Agência Click, declarou que jamais manteve qualquer sociedade ou relação comercial com a Pepper ou seus dirigentes. A agência disse ainda que o contrato foi obtido em licitação transparente.
A Secretaria de Comunicação da Presidência afirma que não foi informada das denúncias envolvendo a agência.
A confederação Nacional da Indústria e a defesa de Benedito Oliveira Neto não quiseram se manifestar.
A JHSF afirmou que não cometeu ilícito e que fez apenas contribuições na forma da lei.
O Jornal Nacional não conseguiu contato com a empresa Samba.

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