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POLÍTICA
01/08/2016 18h37 - Atualizado em 01/08/2016 18h59
Jucá quer sessão sábado e domingo para concluir impeachment em agosto
Para Presidente PMDB, julgamento de Dilma deve começar dia 26, sexta-feira.
Presidente do STF prevê início no dia 29 e uma semana de duração.
Gustavo GarciaDo G1, em Brasília
O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu no plenário do Senado, nesta segunda-feira (1º), que a Casa trabalhe nos últimos sábado e domingo do mês para que o julgamento final do processo de impeachment de Dilma Rousseff seja concluído ainda em agosto. Para isso, o peemedebista quer que o julgamento tenha início no dia 26, uma sexta-feira.
Em nota divulgada à imprensa, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse que a previsão é que o julgamento comece no dia 29 de agosto, uma segunda-feira. No entanto, no dia 26, uma sexta-feira, o magistrado já teria condições legais de convocar a sessão de julgamento. A projeção de Lewandowski é que o julgamento dure uma semana.
“Eu acho que nós tínhamos que trabalhar dia 26, 27, 28, 29, 30 e 31. Não tem porque o Senado não trabalhar sábado e domingo num momento grave como este. A Câmara votou o impedimento da Dilma num domingo. Senador não pode trabalhar sábado e domingo?”, questionou Jucá.
O parlamentar também lembrou que, no começo de setembro, haverá reunião da cúpula de líderes do Grupo dos Vinte (G20) e que seria importante que o Brasil tivesse uma definição sobre o governo antes desse encontro na China.
“No dia 2 de setembro, haverá na China um evento, um encontro internacional do G20 e lá deverá estar o presidente do Brasil, Michel Temer. E eu pergunto aqui: se o Senado não cumprir o seu papel até agosto, o presidente Michel Temer deveria participar dessa reunião como presidente interino do Brasil? Tendo que tomar decisões, tendo que explicar o contexto político e econômico do país a nível internacional?”, indagou o peemedebista.
Jucá foi um dos articuladores do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Ele chegou a chefiar o Ministério do Planejamento nos primeiros dias do governo interino. No entanto, pediu exoneração do cargo após a divulgação de áudios feitos pelo ex-presidente da Transpetro e delator da Lava Jato Sérgio Machado.
Jucá foi um dos articuladores do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Ele chegou a chefiar o Ministério do Planejamento nos primeiros dias do governo interino. No entanto, pediu exoneração do cargo após a divulgação de áudios feitos pelo ex-presidente da Transpetro e delator da Lava Jato Sérgio Machado.
Nas gravações, Jucá aparecia sugerindo um pacto da classe política para “estancar a sangria” causada pelas investigações da Lava Jato, das quais é alvo.
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Processo
O processo de impeachment no Senado está atualmente na fase intermediária, chamada de "pronúncia". Esta etapa serviu para os senadores da comissão ouvirem depoimentos de testemunhas, solicitarem documentos para produção de provas, realizarem perícia e acompanharem a leitura da defesa pessoal da presidente afastada. Também foram entregues as alegações finais da acusação e da defesa.
O processo de impeachment no Senado está atualmente na fase intermediária, chamada de "pronúncia". Esta etapa serviu para os senadores da comissão ouvirem depoimentos de testemunhas, solicitarem documentos para produção de provas, realizarem perícia e acompanharem a leitura da defesa pessoal da presidente afastada. Também foram entregues as alegações finais da acusação e da defesa.
O relator da comissão do impeachment, Antonio Anastasia (PSDB-MG), tem até esta segunda-feira para concluir seu relatório, que dirá se a denúncia por crime de responsabilidade contra Dilma é procedente ou não e se ela deve ser levada a julgamento final. O parecer é elaborado com base no material apresentado no período da pronúncia e será lido na comissão na terça-feira (2).
Na quarta-feira, senadores que integram a comissão especial discutirão o relatório para, então, votarem se estão de acordo com o texto na quinta-feira (4). Depois de votado na comissão, o parecer será analisado no plenário principal do Senado, em sessão prevista para iniciar na terça-feira (9). Se o plenário principal aprovar, por maioria simples, parecer pela procedência da denúncia, Dilma vai a julgamento final.
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