quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Oposição venezuelana programa manifestação contra governo para 3 de novembro

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Oposição venezuelana programa manifestação contra governo para 3 de novembro

 02:19 Internacional,Notícias 27/10/2016 - 15h52 Buenos Aires Embed
Monica Yanakiew
 A oposição venezuelana já programou nova manifestação contra o governo de Nícolas Maduro para o dia 3 de novembro. A última marcha, na quarta-feira (26), deixou centenas feridos e detidos. Em todo o país - e também no exterior, onde vivem comunidades venezuelanas - milhares de pessoas saíram às ruas.

As multidões protestaram contra a decisão da Justica de suspender o processo, para convocar um referendo revogatório. Esse mecanismo constitucional permite destituir o presidente Nicolás Maduro, antes do fim de seu mandato, em 2019.

Para realizá-lo, é preciso ter o apoio de 20% do eleitorado. Mas, no meio da coleta de assinaturas, a Justica suspendeu o processo para apurar denúncias de supostas irregularidades. Para a oposição, tudo não passa de uma manobra judicial para manter Maduro no poder – apesar de sua popularidade ter despencado com a crise. A Venezuela vai terminar o ano sem ter resolvido o problema de desabastecimento e com uma inflaçaõ de 700%.

O líder oposicionista Henrique Capriles acusou Maduro de golpista. E convocou uma nova marcha - desta vez, até a porta do palácio presidencial, para exigir os direitos constitucionais dos venezuelanos. A oposição quer a liberação de seus líderes presos e a retomada do processo do rerefendo revogatório.

Já Maduro acusou a oposição de instigar a violência e de tentar dar um golpe parlamentar para derrubar seu governo. Maduro também chamou a oposição para um diálogo, que seria mediado pelos dez membros da União de Países Su-lamericanos (Unasul). E pelo Vaticano.

Mas, para a oposição, o que importa agora é o tempo. Para convocar novas eleições presidenciais, terá que realizar o referendo revogatório até janeiro de 2017 e derrotar Maduro nas urnas. Depois desse prazo, o presidente ainda pode ser destituído. Mas o vice dele - do mesmo partido, que está no poder há 17 anos - concluiria o mandato.

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