sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Preso pela Lava Jato, Mariano Ferraz chega a cadeia da PF em Curitiba

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G1 globo.com

28/10/2016 07h56 - Atualizado em 28/10/2016 07h57

Preso pela Lava Jato, Mariano Ferraz chega a cadeia da PF em Curitiba

Empresário é suspeito de pagar US$ 800 milhões em propina na Petrobras.
Suspeito foi preso no Aeroporto de Guarulhos (SP) na quarta-feira (26).

Do G1 PR
O empresário Mariano Marcondes Ferraz, preso pela Operação Lava Jato, por ser suspeito de pagar US$ 800 milhões em propina no esquema de corrupção na Petrobras, chegou na carceragem da Polícia Federal (PF) às 19h45 de quinta-feira (27). Inicialmente, ele ficará detido na Superintendência da Polícia Federal (PF).

Ferraz foi preso preventivamente no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na quarta-feira (26) por determinação do juiz federal Sérgio Moro. Ele iria embarcar para Londres.

As suspeitas
Há indícios, segundo o Ministério Público Federal (MPF), de que Mariano Marcondes Ferraz tenha praticado crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Conforme as investigações, o executivo do Grupo Trafigura e representante da Decal do Brasil pagou vantagens indevidas, entre 2011 e 2013.

O pagamento está relacionado a contratos firmados com a Petrobras e foi feito a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal e é delator da Lava Jato. Atualmente, cumpre pena em regime aberto.
Ainda de acordo com o MPF, o pagamento foi realizado por meio de depósitos em offshore mantida no exterior por genros de Paulo Roberto Costa. Esse pagamento de propina aconteceu por vários anos – pelo menos, até 2014.
Foto do empresário foi anexada no documento no MPF (Foto: Reprodução)Foto do empresário foi anexada no documento no MPF (Foto: Reprodução)
Ordem pública e aplicação penal
Os procuradores pediram a prisão do empresário para garantir a ordem pública e evitar o risco à aplicação da lei penal. Segundo o MPF, Mariano Marcondes Ferraz possui dupla nacionalidade – brasileira e italiana – e mora no exterior, onde trabalha e tem recursos financeiros depositados.

O MPF ainda alegou que foi verificada uma mudança no padrão de viagens do empresário ao Brasil depois da deflagração da Lava Jato. Para o MPF, este fato é um indicativo de que Mariano Marcondes Ferraz tinha medo de uma eventual prisão e responsabilização.

Também foi apurado que o empresário, conforme o MPF, poderia não retornar mais ao Brasil e, assim, atrapalhar a efetividade do processo e da aplicação de pena, caso seja condenado.

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