terça-feira, 11 de abril de 2017

Como Chávez e Maduro empobreceram a Venezuela

ORDEM E PROGRESSO .

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ÉPOCA NEGÓCIOS .

Como Chávez e Maduro empobreceram a Venezuela

No ano passado, 74% dos venezuelanos 
perderam 8,7 quilos em média
11/04/2017 - 17H21 - POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE
Hugo Chávez celebra Dia da Independência na Venezuela em julho de 2002 (Foto: Getty Images)
É difícil dimensionar a severidade da crise na Venezuela. Sua extensão é impressionante: a economia diminuiu 10% no último ano e, no fim de 2017, será 23% menor do que era em 2013, de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). A inflação pode superar 1.600% neste ano. Os efeitos humanitários são ainda mais impressionantes: no ano passado, quase três quartos dos venezuelanos perderam, em média, 8,7 quilos por pessoa por causa da escassez de comida. Nenhuma guerra é responsável por isso. A Venezuela fez isso a ela mesma, defende artigo da revista The Economist. E os problemas estão se agravando, enquanto o governo do presidente Nicolás Maduro caminha em direção a uma ditadura. Cinquenta anos atrás, a Venezuela era um exemplo para o restante da América Latina, com uma democracia relativamente estável e não muito mais pobre do que a Grã-Bretanha. Como essa tragédia aconteceu?
A economia da Venezuela é baseada no petróleo – os líderes do país alegam que a maior reserva provada da commodityno mundo está ali. O petróleo representa mais de 90% das exportações venezuelanas. Esse comércio ajuda a financiar o governo e fornece a moeda estrangeira necessária para as importações de bens de consumo. Quase tudo o que é consumido domesticamente, desde papel higiênico a roupas, é importado, de acordo com a Economist.
Com a alta dos preços do petróleo nos anos 2000, a Venezuela recebeu muito dinheiro. Em 2014, porém, o boom acabou. O fluxo de dólares que entrava no país caiu e, com isso, o governo do novo presidente Nicolás Maduro, que sucedeu Hugo Chávez, ficou com poucas opções. Ele poderia permitir que a moeda – o bolívar – se desvalorizasse. Isso faria com que os preços dos produtos importados subisse, uma forma do mercado reduzir a demanda por bens que o país não tinha mais dólares para comprar. Mas a alta de preços violaria o espírito igualitário do governo venezuelano.
Mas mais importante do que isto, iria reduzir a popularidade do novo presidente. Em vez de liberar o câmbio, Maduro manteve o bolívar artificialmente valorizado e racionou as importações ao aumentar o controle do governo sobre o acesso à moeda estrangeira. No início da era Chávez, o governo controlava o fluxo de dólares recebidos pela indústria de petróleo e os importadores precisavam provar que estavam tentando levar algo de valor ao país para que o governo permitisse que eles trocassem bolívares por dólares. Maduro, por sua vez, apertou ainda mais este controle.
Os efeitos que essa medida trouxe não foram intencionais. Com o fluxo de importações caindo, os preços subiram. Maduro tentou controlar os preços; e ao fazer isto, a oferta ficava escassa ou se movia para o mercado negro.
Os problemas fiscais do governo aprofundaram a crise. A receita da venda de petróleo caiu pela metade, o que fez com que o déficit do governo aumentasse. Nesse cenário, Maduro poderia ter optado por reduzir as despesas e aumentar os impostos. Mas essas medidas seriam impopulares. Em vez disso, a Venezuela fez com que a imprensa escondesse as contas. A inflação em alta foi mais um fator a afetar a já debilitada economia.
Ou seja, o petróleo é apenas um bode expiatório para a tragédia que tem acontecido na Venezuela. Quando uma economia depende tão fortemente do petróleo, a situação é sempre tensa. A alta dos preços internacionais da commodity sustenta fortemente a cotação da moeda local, apreciando-a ante o dólar. Isso faz com que os demais setores – não dependentes do petróleo – sejam menos competitivos. Como resultado, a economia fica ainda mais dependente das exportações de petróleo, aumentando os efeitos de uma eventual queda dos preços do petróleo.
Os governos de países exportadores de petróleo sabem disso, e normalmente tentam mitigar os riscos. Quando a cotação da commodity está elevada, alguns países usam o maior fluxo de dólar para aumentar as reservas de moeda estrangeira, que podem ser usadas em outro momento para cobrir as despesas de importação quando os preços do petróleo caírem. A Arábia Saudita, por exemplo, tem mais de US$ 500 bilhões em reserva. Outros usam os lucros do petróleo para criar fundos de investimentos soberanos, que investem em um portfólio diversificado com o objetivo de reduzir a dependência de petróleo. O fundo da Noruega, que foi criado para ajudar a pagar pensões, vale quase US$ 900 bilhões atualmente.
Chávez teve a sorte de assumir o poder após duas décadas de preços de petróleo em alta. Mas o dinheiro que chegou ao país foi gasto. Entre 2000 e 2013, o gasto do governo foi de 28% para 40% do PIB, uma porcentagem maior do que as grandes economias da América Latina. Esse aumento de gasto limitou o crescimento das reservas de moeda estrangeira. Em 2000, a Venezuela tinha reservas suficientes para cobrir mais de sete meses de importações. Essa relação caiu para três meses em 2013. No mesmo período, as reservas da Rússia cresceram de cinco meses de importações para dez meses, e as da Arábia Saudita aumentaram de quatro meses para 37 meses .
Por que Chávez não deixou a Venezuela mais bem preparada para a inevitável queda de preços de petróleo? Em sua versão dos fatos, os venezuelanos sofreram durante a crise do petróleo em 1979, mas isso não foi causado pela queda de preços da commodity, mas porque os capitalistas roubaram o que deveria ter sido repassado à população. Durante seu governo, Chávez aumentou os gastos do governo em programas sociais e expandiu os subsídios a alimentos e energia. Os venezuelanos sentiram os resultados dessa política, com maior renda e melhor qualidade de vida.
Mesmo assim, a narrativa de Chávez é falsa, segundo a Economist. Quem está no poder sempre tem mais incentivos para fazer “ameaças” políticas do que para investir em projetos cujos frutos vão demorar para ser sentidos. Chávez expropriou e redistribuiu a riqueza de forma a enfraquecer seus concorrentes políticos e fortalecer seus aliados. Sua condução negligente da economia, com os ataques às empresas privadas, deixaram o país com falta de experiência e capital necessários para desenvolver e explorar os recursos disponíveis. Nos últimos anos, a Venezuela produziu menos petróleo do que a China, ou um quarto da produção da Arábia Saudita.

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