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G1 globo.com
MP recebe documento contra pleno controle da Samarco em ações pelo desastre
Ofício assinado por atingidos, acadêmicos e entidades foi entregue no MPF. Na última semana, GT concluiu relatório e propôs ações.
O Ministério Público Federal (MPF) recebeu nesta terça-feira (4) um ofício assinado por atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas, acadêmicos e entidades apoiadoras para repudiar o que eles chamam de tentativas da Samarco, cujas donas são a Vale e BHP Billiton, de “assumir o pleno controle da reparação dos danos causados” pelo desastre.
Na última sexta-feira (31), o grupo de trabalho (GT), formado para discutir questões socioeconômicas relativas aos atingidos pelo desastre concluiu o relatório de atividades. De acordo com o Ministério Público, o GT propôs a contratação de uma entidade gestora, a ser indicada pelo MPF e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) dentre organizações sem fins lucrativos, para exercer a administração dos recursos financeiros necessários aos trabalhos no eixo socioeconômico. Essa entidade deverá repassar esses recursos a uma segunda instituição, a entidade operacional, que também deverá ser escolhida entre organizações sem fins lucrativos.
No ofício entregue nesta terça-feira, quem assinou o documento pede que as propostas feitas pelo GT sejam incorporadas pela força tarefa e garantidas em juízo. Conforme o MPF, o grupo de trabalho concluiu que é fundamental que os corpos técnicos sejam completamente autônomos frente às empresas responsáveis pelo desastre e comprometidos com a representação das demandas das comunidades.
Para os remetentes do ofício, a Samarco tem contestado a inciativa e questionado a validade do grupo de trabalho. A empresa afirmou que “está em negociação com o MPF e não comentará o assunto até a conclusão do processo”.
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