sexta-feira, 7 de julho de 2017

‘Fiquei chocado e senti náusea’, diz Janot sobre gravação de Temer

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15/05/2017 07:54 horas .

Fonte de informação

G1 globo.com

Edição do dia 06/07/2017
06/07/2017 22h04 - Atualizado em 06/07/2017 22h16

‘Fiquei chocado e senti náusea’, diz Janot sobre gravação de Temer

Autor da denúncia contra presidente falou a Roberto D'Ávila na GloboNews.
Aceitar delação de Joesley foi uma escolha de Sofia, disse o procurador.

O procurador-geral da República rebateu os argumentos da defesa de Michel Temer de que a denúncia contra o presidente é fraca. Rodrigo Janot falou ao jornalista Roberto D’Ávila, em entrevista exibida na noite de quarta-feira (5) na GloboNews.
D’Ávila: Muitos juristas, ouvi Carlos Velloso, que foi presidente do Supremo, dizendo que a denúncia é fraca.
Janot: O que eu posso dizer é que a narrativa é fortíssima. Tenho 33 anos de Ministério Público. Uma denúncia que tem a seguinte narrativa: um empresário investigado em primeira instância por eventuais ilícitos praticados por ele tem conversa que ele grava com ex-deputado federal, acertando a ida dele à residência do presidente da República, à noite, sem testemunhas. Chega ao palácio, não é sequer identificado na porta, ele entra, vai a uma sala que está na parte de baixo do palácio, e tem conversa muito pouco republicana com presidente, e ele grava. Nessa conversa, o presidente indica como um interlocutor de confiança dele esse deputado com quem o empresário já tinha acertado a ida dele ao palácio porque os outros interlocutores estavam impedidos de continuar na interlocução. Ele conversa, estabelecido quem seria interlocutor, ele se entrevista dias depois com esse interlocutor, acerta com o interlocutor atos ilícitos, acerta o pagamento de propina com esse interlocutor, que depois em uma ação controlada é pilhado em São Paulo com uma mala contendo R$ 500 mil. E esse interlocutor é a pessoa que foi é indicada como homem de confiança do mais alto dignitário da República para fazer negociações em nome dele. Se isso é fraco, não sei o que é forte.
D´Ávila: Essa gravação foi combinada com o Ministério Público?
Janot: De jeito algum. Toda colaboração tem que ser espontânea. Tem que ser voluntária. Se o Ministério Público provoca qualquer ato de colaboração, ele está anulando toda a colaboração. Essa gravação foi feita espontaneamente pela vontade daquele que se tornaria colaborador e o Supremo tem uma vastíssima jurisprudência, entendendo que o interlocutor pode gravar a sua conversa e que essa gravação pode servir de prova.
D´Ávila: O que que o senhor sentiu quando ouviu a gravação?
Janot: Eu fiquei chocado e senti náusea. Foi a minha reação física isso, um choque, e fiquei, assim, enjoado mesmo.
Escolha de Sofia
O jornalista Roberto D’Ávila também perguntou ao procurador sobre as críticas de que o acordo de delação de Joesley Batista teria sido excessivamente benéfico ao empresário.
Janot: Eu me vi na seguinte escolha de Sofia: eu tinha tomado conhecimento que altíssimas autoridades da República estavam praticando crime, e o crime estava em curso, e crimes graves. Se eu não aceitasse este acordo eu não teria como apurar esses crimes. Eu teria que fingir que nada tinha acontecido.
D’Ávila: O senhor teria ouvido mas...
Janot: Teria ouvido, mas não poderia usar. E essas pessoas continuariam a cometer crime e os empresários continuariam na mesma atividade ilícita que sempre tiveram. Aí eu sopesei o quê? O interesse público. Eu sopesei o interesse da sociedade brasileira. O que é mais interessante? Eu cessar a prática desse delito que está sendo praticado por altíssimas autoridades da República ou eu fechar os olhos a isso? Eu simplesmente aceitei fazer o acordo. Agora, é bem claro, eles aceitavam negociar tudo, menos a imunidade.
D’Ávila: Quer dizer, eles queriam ficar soltos.

‘Indícios muito fortes’
No programa da GloboNews, Rodrigo Janot também comentou a alegação de Temer de que não há provas na denúncia por corrupção passiva.
D’Ávila: Delação não é prova, né?
Janot: Não é prova.
D’Ávila: O senhor vai ter que ter provas evidentes.
Janot: A colaboração não é prova. Ela é um meio de obtenção de prova. Então, quando a gente aceita uma colaboração, essa colaboração não é baseada somente da palavra do colaborador. Isso não nos adianta de nada.
D’Ávila: Então, pode-se pensar que também aquele dinheiro que estava na mala é uma ilação dizer que era para o presidente. Não se sabe. Isso vai ter que ser provado.
Janot: Vai ter que ser provado. Agora, vamos combinar, uma pessoa que é indicada pelo presidente para falar em nome dele, e acertar tudo - e a expressão é essa: tudo - com uma determinada pessoa. Ela vai, recebe essa pessoa, eles começam a falar sobre ilícitos. Tinham um interesse próximo que era uma questão que envolvia Cade/Petrobras, que era de uma empresa lá de Mato Grosso. Pois bem, eles acertam, essa pessoa liga para uma autoridade do Cade, põe no viva-voz e, na frente dessa pessoa, que seria futuramente o colaborador, acertam a condução do problema, entre aspas, da empresa, no Cade/Petrobras. Depois que é resolvida essa questão e acertado o percentual que seria recebido, se isso fosse resolvido, quando é resolvida a questão, o ex-deputado comparece para receber a contrapartida dele, aquela mesma pessoa indicada que seria o homem de confiança   para acertar tudo, tudo, tudo. São indícios muito fortes.

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