Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Alexandre de Moraes (Justiça) se reuniram com lideranças indígenas na tarde desta quarta-feira (5) no Palácio do Planalto, informou a Casa Civil.
A reunião foi motivada por protestos dos índios contra a indicação para a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) de um general da reserva que atuou durante a ditadura militar.
Em troca do apoio do PSC no Congresso Nacional, o governo acertou que caberia ao partido indicar um nome para a presidência do órgão, e a legenda sugeriu o general Sebastião Roberto Peternelli Júnior.
A informação de que o general havia sido indicado para o órgão, vinculado ao Ministério da Justiça, foi divulgada na edição desta quarta do jornal “Folha de S.Paulo”.
Nesta quarta, porém, a possível nomeação de Peternelli Júnior provocou polêmica nas redes sociais porque ele fez uma publicação no Facebook em alusão a 31 de março, data do golpe militar de 1964, com a seguinte teor: “Salve 31 de março! 52 anos que o Brasil foi livre do maldito comunismo!!! Viva os nossos bravos militares! O Brasil nunca vai ser comunista”.
Em outras publicações, porém, de 2014, ele chegou a dizer que não via motivos para intervenção militar no país porque o Brasil tem instituições que funcionam “normalmente”.
Na avaliação de um deputado do PSC, o partido indicou o general e “cabe, agora, ao governo, aceitar a nomeação, já que este foi o acordo”.
Conforme um interlocutor do Planalto, “se o partido indicou, o governo tem de cumprir o acordo e nomeá-lo”.
O Ministério da Justiça chegou a divulgar uma nota à imprensa nesta quarta na qual disse que “não houve nenhum convite” para o general assumir a presidência da Funai.
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