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01/10/2016 16h21 - Atualizado em 01/10/2016 16h59
Líder socialista espanhol renuncia e abre caminho para fim de crise política
Direção da legenda votou contra sua proposta de realizar eleições primárias.
Saída de Sanchez do Psoe pode encerrar impasse de 9 meses na Espanha.
Da EFE
Líder socialista Pedro Sanchez durante debate em Madri, Espanha, no dia 31 de agosto de 2016 (Foto: REUTERS/Juan Medina)
O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), Pedro Sánchez, renunciou neste sábado (1) depois que a direção da legenda votou contra sua proposta de realizar eleições primárias e um congresso extraordinário. A renúncia abre caminho para um novo governo e para encerrar um impasse político de nove meses na Espanha.
A saída de Sánchez permitirá formar uma comissão cujo único objetivo será tramitar de forma interina o partido até que um congresso renove os órgãos de direção do PSOE
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Sánchez tem liderado uma disputa com o primeiro-ministro em exercício Mariano Rajoy, do conservador Partido Popular (PP), que teve a maioria dos votos, mas não conseguiu alcançar uma maioria em duas eleições inconclusas, frustrando as tentativas de formar um governo.
O secretário-geral, que perdeu a votação por 133 votos contra 107, anunciou ele mesmo sua renúncia e pediu unidade no partido.
"Eu sempre acreditei que o partido socialista poderia oferecer uma alternativa, infelizmente, não foi possível... Eu ofereço a minha renúncia. Foi uma honra", disse Sánchez a colegas de partido depois de perder a votação, segundo a Reuters.
O setor crítico dos socialistas espanhóis tentou primeiro apresentar uma moção de censura contra Sánchez, mas a mesa do comitê federal, órgão diretor entre congressos, rejeitou as assinaturas por razões estatutárias.
A renúncia do líder da oposição acontece em meio a uma séria crise institucional na Espanha, cujo governo está interino há mais de nove meses.
Vários representantes do setor crítico que derrotou Sánchez se declararam partidários de que o Psoe se abstenha no Parlamento durante uma nova sessão de posse do presidente interino, o conservador Mariano Rajoy, para que possa formar governo.
Divisão após renúncia
A liderança do partido socialista PSOE, principal partido da oposição espanhola, ficou dividida após a renúncia, no início dessa semana, de 17 dos 38 membros de seu Comitê Executivo, que pediam a saída de Sánchez para ajudar a quebrar o impasse político na Espanha.
A liderança do partido socialista PSOE, principal partido da oposição espanhola, ficou dividida após a renúncia, no início dessa semana, de 17 dos 38 membros de seu Comitê Executivo, que pediam a saída de Sánchez para ajudar a quebrar o impasse político na Espanha.
Se nenhum governo for estabelecido antes do final de outubro, uma terceira eleição será convocada em dezembro.
Origem da crise
O impasse foi provocado pelo conflito se o PSOE deveria continuar impedindo que o conservador Partido Popular (PP) governe em minoria, posição defendida por Sánchez, ou se o partido deveria optar pela abstenção no Parlamento para permitir que Mariano Rajoy continue como presidente do Executivo (primeiro-ministro), após mais de nove meses de interinidade.
O impasse foi provocado pelo conflito se o PSOE deveria continuar impedindo que o conservador Partido Popular (PP) governe em minoria, posição defendida por Sánchez, ou se o partido deveria optar pela abstenção no Parlamento para permitir que Mariano Rajoy continue como presidente do Executivo (primeiro-ministro), após mais de nove meses de interinidade.
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