terça-feira, 27 de março de 2018

Moro diz que discussão sobre prisão em 2ª instância está além de Lula e Lava Jato

ORDEM E PROGRESSO .

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ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .

Estamos começando de 2018  com esperanças renovadas .
Amigos intendam por favor o que eu estou oferecendo a todos os países .
Ideias inovadoras e sustentáveis para os setor elétrico mundial sem precisar de represas para gerar muita energia elétrica com total preservação do meio ambiente com zero impacto ambiental basta ter um pouco de água .

Marco Marques .
Bom dia para todos os amigos .
Estou de volta temporiamente em respeito a todos os amigos .
POA RS Brasil 27/03/2018


Fonte de informação .

G1 globo.com


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POLÍTICA

Moro diz que discussão sobre prisão em 2ª instância está além de Lula e Lava Jato

Juiz deu entrevista ao programa 'Roda Viva', da TV Cultura. Responsável pelos processos da operação na 1ª instância, Moro afirmou que rever a prisão após condenação em 2º grau seria um 'desastre' e um 'passo atrás'.

Por G1, São Paulo
 
O juiz Sérgio Moro em entrevista ao programa 'Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (26) (Foto: Reprodução/TV Cultura)O juiz Sérgio Moro em entrevista ao programa 'Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (26) (Foto: Reprodução/TV Cultura)
O juiz Sérgio Moro em entrevista ao programa 'Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (26) (Foto: Reprodução/TV Cultura)
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeiro grau, afirmou na noite desta segunda-feira (26) que as discussões envolvendo prisões em 2ª instância vão além da operação e da condenação do ex-presidente Lula, e que esperar o fim de todos os recursos para executar prisões de condenados seria um 'desastre'.
A declaração de Moro foi dada durante entrevista ao programa 'Roda Viva', da TV Cultura, ao responder sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula. O julgamento, que analisará o pedido para evitar a prisão após condenação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), está marcado para 4 de abril.
“Foi estabelecido um precedente importante, em 2016, pelo saudoso ministro Teori Zavascki. Se for esperar o último julgamento seria um desastre muito grande, porque levaria à impunidade, especialmente dos poderosos. É um assunto que transcende o ex-presidente Lula”, disse Moro.
O juiz afirmou que das 114 execuções de pena ordenadas por ele na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), onde atua, e confirmadas em 2ª instância, apenas 12 envolvem a Lava Jato. "Têm lá peculatos milionários, dinheiro desviado da saúde, da educação, e que faz falta para a população. Tem traficante, tem pedófilo, doleiros, e isso estou falando dentro de um universo pequeno, de onde eu trabalho."
"Então, uma revisão desse precedente teria um efeito prático muito ruim. Como chamou o ministro Barroso, é trágico. E além disso passaria uma mensagem no sentido de que não cabe mais avançar, vamos dar um passo atrás."

'Acordão' e prisão de Lula

Questionado sobre a possibilidade de existir um 'acordão' que possa beneficiar Lula para evitar a prisão do ex-presidente, Moro afirmou que nega acreditar nessa hipótese. "Eu não posso acreditar numa hipótese dessa. Já tive a oportunidade de conhecer os ministros, ver como funciona, não posso acreditar nisso", disse.
Ao citar os ministros que compõem o Supremo e que analisarão o pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente, Moro elogiou a ministra Rosa Weber. "Tenho apreço especial pela ministra Rosa Weber, com quem trabalhei. Pude observar a seriedade da ministra, a qualidade técnica da ministra”.
Sobre a prisão do ex-presidente, o juiz, que condenou Lula à pena de 9 anos e 6 meses no caso triplex (pena que foi aumentada para 12 anos e um mês pelo TRF-4), afirmou que a decisão da prisão coube ao Tribunal Regional e que a suspensão ou não cabe ao STF.
"Sou apenas um cumpridor da ordem. O Tribunal julgou, ordenou, seguindo precedente do STF, e determinou a prisão. Se vier a decisão, não tenho opção de cumprir ou não, vou seguir a opinião do Tribunal."
Durante a entrevista, Moro também defendeu as prisões preventivas e a necessidade em casos que classificou como 'excepcionais'. "É um remédio amargo, e a resposta é para que parem de cometer crimes", disse o juiz ao comentar as prisões de diretores e altos executivos da Odebrecht em fases da Operação Lava Jato.
"No curso das investigações encontrou-se uma empresa com departamento de propina. Alguns executivos foram presos temporariamente. Foram soltos, e esse departamento continuou a funcionar. Só veio a parar quando foram presos preventivamente esses diretores. É excepcional, e havia esse quadro."

Auxílio-moradia

Questionado sobre a polêmica envolvendo o recebimento de auxílio-moradia por juízes, Moro defendeu o pagamento do benefício de R$ 4,3 mil devido à falta de reajuste salarial nos salários dos magistrados.
"Existe esse benefício, que é questionável e existe a previsão constitucional de que os subsídios do magistrado deveriam ser reajustados anualmente, o que não ocorre há três anos", comentou.

Eleições 2018

Durante o programa, Moro também foi questionado sobre as Eleições 2018 e os pré-candidatos que se apresentam para o pleito.
"Eu vejo bons candidatos, outros nem tanto. E outros que merecem juízo maior de censura."

'O Mecanismo'

Moro também afirmou que já viu a série 'O Mecanismo', do diretor José Padilha, e que dramatiza a Lava Jato. Segundo ele, a produção e o filme 'Polícia Federal - A lei é para todos' 'exageraram no drama'.
"Não retratam uma realidade como aconteceu, mas existem pontos comuns. Essas produções culturais têm um valor e, por esses fatos estarem acontecendo agora, é difícil ser fiel. Mas é importante para informar. Ambos revelam que a corrupção é um problema. Se servir para chamar atenção nisso, já é um grande papel", disse Moro.
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