domingo, 25 de março de 2018

Recuperação do Rio Piracicaba torna-se referência para cidades latino-americanas

ORDEM E PROGRESSO .

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ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .

Estamos começando de 2018  com esperanças renovadas .
Amigos intendam por favor o que eu estou oferecendo a todos os países .
Ideias inovadoras e sustentáveis para os setor elétrico mundial sem precisar de represas para gerar muita energia elétrica com total preservação do meio ambiente com zero impacto ambiental basta ter um pouco de água .

Marco Marques .
Bom dia para todos os amigos .
Estou de volta temporiamente em respeito a todos os amigos .
POA RS Brasil 24/03/2018 


Fonte de informação .

EBC Agencia Brasil


Recuperação do Rio Piracicaba torna-se referência para cidades latino-americanas


  • 25/03/2018 08h08
  • Brasília
Olga Bardawil - Repórter da Agência Brasil

Francisco Lahoz, secretário-executivo do Consórcio PCJ, dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí
Francisco Lahoz, secretário-executivo do Consórcio PCJ, dos rios Piracicaba, Capivari e JundiaíDivulgação/Unicamp/Direitos Reservados

Desde o caminho dos bandeirantes no século 17 até hoje, o rio Piracicaba percorreu uma longa trajetória especialmente marcada por uma ligação de amor com a comunidade que cresceu às suas margens. E poucos conhecem esta história melhor do que o engenheiro Francisco Carlos Castro Lahoz, secretário-executivo do Consórcio PCJ, que cuida da gestão da bacia hidrográfica do Rio Piracicaba.
Em entrevista à Agência Brasil durante o 8º Fórum Mundial da Água, que terminou na sexta-feira (23), Francisco Lahoz lembrou a luta dos piracicabanos para salvar o rio ainda nos anos 70, quando o governo do estado de São Paulo resolveu construir barragens na região para garantir o abastecimento da Grande São Paulo. Nasceu assim o Sistema Cantareira, alimentado por três grandes reservatórios: Jacareí, Atibaia e Paiva Castro, em Mairiporã. O Sistema garantia a transferência de 50% da água para São Paulo até o ano 2000.
"Mas aí, ocorreu uma falha de planejamento do governo do estado: o incentivo à instalação de indústrias na região de Piracicaba. Com isso tivemos um conflito hídrico porque a vazão do rio reduziu, os peixes morreram e a comunidade se deu conta de que alguma coisa precisava ser feita. E assim foi criado o Conselho de Defesa do Vale do Piracicaba, que vai ser muito importante porque, a partir dele, a população de Piracicaba se mobiliza", conta.
Para compensar o recurso desviado, a prefeitura de Piracicaba de teve trazer água de outra bacia. "Piracicaba conseguiu um empréstimo de US$ 30 milhões e fez um plebiscito para saber se a sociedade aceitaria pagar a conta. Então esse empréstimo foi diluído nas contas de água por um período de amortização e a própria comunidade pagou essa conta. O Conselho de Defesa do Vale do Piracicaba foi muito importante, porque tinha muitos professores [universitários] que explicavam o que estava acontecendo" para a população.
E assim, Piracicaba foi buscar a água do rio Corumbataí, a 20 quilômetros (km) de distância. E então, segundo Lahoz, aconteceu "uma coisa maravilhosa, porque quando acabamos de pagar o empréstimo, foi perguntado de novo para a comunidade se ela aceitaria continuar pagando a mesma taxa para ampliar o tratamento de esgoto. E a comunidade disse sim!"
Três municípios se associam
Uma década depois, foi criado o Consórcio Intermunicipal PCJ, com o objetivo de recuperar as três bacias hidrográficas da região: Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Os esforços, agora somados, renderiam resultados importantes, como a decentralização da gestão hídrica, do estado de São Paulo para os municípios. Foram instalados escritórios regionais da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do estado.
Com a participação de pesquisadores e técnicos do cursos de engenharia da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba, foi produzido o primeiro Plano de Bacias.
"Era um estudo muito bem-feito, mas tinha mil páginas. E a gente sabia que ninguém ia ler aquelas mil páginas. Então resumimos o estudo em um projeto de 63 páginas, que serviu de base para tudo o que veio depois, inclusive a integração entre os municípios para a gestão das bacias que seria o Consórcio PCJ", conta Lahoz.
Mas faltava um instrumento legal para garantir que o consórcio pudesse operar: uma lei que veio em 1991 que criou a Política Estadual de Recursos Hídricos, "a primeira do Brasil", frisa o secretário-executivo. A política paulista serviu de base para a criação, seis anos depois, da Política Nacional de Recursos Hídricos.
De olho no futuro
A experiência do Consórcio PCJ tem inspirado outras iniciativas na América Latina. "Através do Plano Nacional de Recursos Hídricos, nós temos feito considerações e observações e tentando que esse Plano faça adequações para atender em algum momento as características do Nordeste e as do Sul e do Sudeste. Já fizemos duas revisões nesse Plano e vamos fazer uma terceira, porque nós temos de saber que estamos sempre em mutação e buscar a adaptação às realidades climáticas"
Além da lição da vontade política, Lahoz indica que Piracicaba tem mais uma lição a ensinar: a educação para cuidar do meio ambiente. "Nossa luta já em 28 anos, e nesse período nós investimos na capacitação das pessoas desde os 4 anos de idade. Hoje essas crianças de 28 anos atrás já estão formadas, são prefeitos, vereadores e carregam com elas a capacitação para agir na defesa do meio ambiente. E um dia, uma delas poderá ser presidente da República."
Edição: Lidia Neves

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