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03/10/2016 05h00 - Atualizado em 03/10/2016 05h00
Após 'recesso branco', Câmara pode votar mudanças nas regras do pré-sal
Temas que dominarão Câmara incluem teto de gastos, pré-sal e repatriação.
No Senado, pode ser votada regra sobre cláusula de barreira para partidos.
Fernanda Calgaro e Gustavo GarciaDo G1, em Brasília
A Câmara dos Deputados e o Senado retomam os trabalhos a partir desta segunda-feira (3) após quase duas semanas parados por conta das eleições municipais.
Um dos principais temas em debate será a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto de gastos para a União, mas já nesta segunda os deputados podem votar um projeto de lei que muda as regras de exploração da camada de petróleo do pré-sal.
Atualmente, a Petrobras é obrigada a participar como operadora de todos os blocos de exploração na área. Se o texto que já passou no Senado for aprovado pelos deputados, cai essa obrigação e a estatal poderá escolher os projetos nos quais irá investir.
Durante o “recesso branco”, período informal de folga, não foi marcada nenhuma votação. Os parlamentares estavam liberados para participar das campanhas nos seus redutos eleitorais, como candidatos ou apoiando correligionários na disputa.
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Para tentar compensar os dias sem sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende fazer um esforço concentrado nesta semana, com votações de segunda a quinta. Normalmente, as votações na Casa acontecem às terças e quartas.
Na terça-feira (4), os deputados podem votar um projeto de lei para alterar a lei de repatriação, que permite a legalização de bens e recursos no exterior que não foram declarados à Receita Federal. Um dos trechos da legislação será modificado para esclarecer sobre qual período o imposto e a multa deverão incidir.
Senado
A pauta do Senado tem uma PEC que prevêuma cláusula de barreira para reduzir o número de partidos em funcionamento no Congresso e restringir o acesso dessas siglas a verbas partidárias.
A pauta do Senado tem uma PEC que prevêuma cláusula de barreira para reduzir o número de partidos em funcionamento no Congresso e restringir o acesso dessas siglas a verbas partidárias.
Segundo a PEC, um partido que não atingir resultados eleitorais mínimos perde o funcionamento parlamentar. Isso significa, por exemplo, que o partido seria obrigado a ter uma estrutura menor na Câmara, sem direito a cargos de liderança, deputados em comissões permanentes e cargos na Mesa Diretora. Além disso, os partidos perderiam direito ao fundo partidário e ao tempo gratuito de televisão e rádio.
Também devem ser apreciadas duas medidas provisórias: uma delas autoriza a União a abrir crédito extraordinário de R$ 2,9 bilhões e a segunda aprova a transferência desse dinheiro para o Rio de Janeiro cobrir despesas com segurança pública nos jogos olímpicos e paraolímpicos.
Ainda nesta terça, está convocada uma sessão do Congresso Nacional às 19h para analisar sete vetos presidenciais e a liberação de créditos extraordinários. Em seguida, deverá ser concluída a votação de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que tem algumas emendas pendentes de análise.
Teto dos gastos
Na comissão especial (formada por senadores e deputados) que analisa a PEC do Teto de Gastos, o relator, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), pretende apresentar o seu parecer nesta terça após várias semanas de negociações entre o governo federal e os parlamentares.
Na comissão especial (formada por senadores e deputados) que analisa a PEC do Teto de Gastos, o relator, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), pretende apresentar o seu parecer nesta terça após várias semanas de negociações entre o governo federal e os parlamentares.
O texto ainda não está fechado e uma última rodada de conversas com o Ministério da Fazenda está previsto para o início desta semana. A expectativa é que, após a leitura do seu parecer na comissão, a sessão seja suspensa por conta de um pedido de vista (prazo extra de dois dias) para que os parlamentares possam analisar o texto com calma. A votação na comissão só deve acontecer na quinta-feira (6).
Outro tema que poderá render polêmica é a medida provisória que reforma o ensino médio. Na terça, a Comissão de Educação da Câmara realiza uma audiência pública com a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Casto, e outros especialistas da área.
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