terça-feira, 4 de abril de 2017

Forças de segurança da Venezuela entram em confronto com manifestantes


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MUNDO

Forças de segurança da Venezuela entram em confronto com manifestantes

Polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo, canhões d'água e spray de pimenta durante protesto contra governo Maduro.

Polícia entra em confronto com opositores do governo em Caracas  (Foto: Fernando Llano/AP)Polícia entra em confronto com opositores do governo em Caracas  (Foto: Fernando Llano/AP)
Polícia entra em confronto com opositores do governo em Caracas (Foto: Fernando Llano/AP)
Forças de segurança da Venezuela dissiparam manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo, canhões d'água e spray de pimenta em Caracas nesta terça-feira (4), após impedirem o avanço de uma manifestação de oposição contra o impopular presidente Nicolás Maduro.
A polícia lançou spray de pimenta contra vários líderes de oposição, de acordo com testemunhas, incluindo o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles e Lilian Tintori, mulher do proeminente ativista preso Leopoldo López.
Mulheres tentam se proteger de gás lacrimogêneo lançado pela polícia durante manifestação em Caracas  (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)Mulheres tentam se proteger de gás lacrimogêneo lançado pela polícia durante manifestação em Caracas  (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Mulheres tentam se proteger de gás lacrimogêneo lançado pela polícia durante manifestação em Caracas (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Os confrontos começaram depois que as autoridades da Venezuela fecharam estações de metrô, interditaram uma praça central e montaram postos de verificação adicionais em Caracas antes de uma manifestação contra o governo socialista de Maduro.
Os apoiadores de Maduro também planejam sua própria passeata. Com medo de confrontos, alguns moradores resolveram ficar em casa, e alguns pontos comerciais ficaram fechados.
Manifestantes de oposição ao governo Maduro entram em confronto com policiais em Caracas  (Foto: Juan Barreto / AFP)Manifestantes de oposição ao governo Maduro entram em confronto com policiais em Caracas  (Foto: Juan Barreto / AFP)
Manifestantes de oposição ao governo Maduro entram em confronto com policiais em Caracas (Foto: Juan Barreto / AFP)

Tensão

As tensões se elevaram depois que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pró-Maduro anulou as funções do Congresso, dominado pela oposição, na semana passada.
Embora a corte tenha voltado atrás na medida no fim de semana, a Assembleia Nacional continua impotente devido a veredictos anteriores do judiciário. A pressão internacional contra Maduro aumentou, e os protestos desarticulados dos opositores foram retomados.
"Foi o senhor Maduro que ordenou que se fechassem todos os acessos a Caracas para impedir as pessoas de expressarem seu repúdio", disse o líder opositor Henrique Capriles. "Ele está aterrorizado".
Atingido por críticas da maioria da América Latina, Maduro afirma que o governo dos Estados Unidos e outros inimigos estão tentando alimentar a histeria contra ele para preparar o terreno para um golpe.
O governo Maduro está particularmente furioso com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que está à frente da condenação regional da Venezuela.
"A direita venezuelana está planejando ações violentas para dar a Almagro uma desculpa que justifique uma agressão", disse Jorge Rodriguez, membro do alto escalão do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). "Vocês estão tentando promover a morte de venezuelanos".
A oposição conquistou a maioria da Assembleia Nacional no final de 2015, mas o TSJ reverteu quase todas suas medidas.
A Assembleia planejava iniciar procedimentos ainda nesta terça-feira para afastar os juízes do tribunal, mas o gesto só teria valor simbólico, já que a Casa não tem poder de fato para atuar.
A legislatura também deve debater moções para denunciar a "ruptura da ordem constitucional" na Venezuela.
Policiais com escudos se posicionaram na manhã desta terça-feira nos arredores da Plaza Venezuela de Caracas, onde partidários da oposição tinham planejado se reunir antes de rumar para a Assembleia Nacional.
O tráfego estava lento nas principais rodovias de acesso à capital devido ao aumento de barreiras policiais.
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