domingo, 2 de outubro de 2016

Procuradoria da Venezuela abre investigação contra Capriles

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G1 globo.com

France Presse
27/09/2016 21h23 - Atualizado em 27/09/2016 21h23

Procuradoria da Venezuela abre investigação contra Capriles

Supostas irregularidades na gestão de estado de Miranda são investigadas.
Defensor de referendo contra Maduro fala em 'armação para amedrontar'.

Da AFP
Henrique Capriles, líder da oposição venezuelana, em entrevista na TV Globo (Foto: Felipe Néri/G1)Henrique Capriles, líder da oposição venezuelana, em entrevista na TV Globo (Foto: Felipe Néri/G1)
A Procuradoria Geral da Venezuela abriu uma investigação contra o ex-candidato à presidência e líder opositor Henrique Capriles por supostas irregularidades durante sua gestão como governador do estado de Miranda, o que o político qualificou de armação para pressioná-lo.
O organismo notificou Capriles sobre o início de "um procedimento administrativo" por "atuações fiscais" envolvendo o governo de Miranda entre dezembro de 2012 e julho de 2015, revela um documento publicado pela imprensa venezuelana.
"Hoje soube pela imprensa do procedimento da Procuradoria Geral. Uma armação para amedrontar", escreveu no Twitter Caprilles, um dos principais promotores do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.
Capriles, que desde 2008 governa Miranda - segundo estado mais populoso do país, com 3,2 milhões de habitantes-, declarou à imprensa que trata-se de mais uma tentativa de "forçar este servidor a desistir de seguir lutando pelo revogatório".
Segundo o líder opositor, o procedimento da Procuradoria está relacionado com um contrato que o governo de Miranda firmou há cinco anos envolvendo publicidade institucional em um canal privado.
De acordo com a Procuradoria, Capriles terá 15 dias úteis para apresentar sua defesa, e deverá manifestar em depoimento público "os argumentos para a melhor defesa de seus interesses".
A investigação ocorre no momento em que a oposição venezuelana convoca uma mobilização nacional, em 12 de outubro, para exigir que o referendo revogatório contra Maduro seja realizado em 2016, ainda que o poder eleitoral tenha adiado para 2017 - quando já não poderão haver eleições antecipadas.

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