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Os destinos políticos de Dilma Roussef (PT) e Michel Temer (PMDB) começam a ser decididos nesta terça-feira, a partir das 9h, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por sete ministros, sendo que seis deles chegaram à cúpula do Judiciário durante as gestões petistas.
O único que não alcançou o topo da Justiça pelas mãos de Dilma ou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é Gilmar Mendes, presidente do TSE, que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – Mendes foi advogado-geral da União durante o governo FHC.
O TSE é formado por três ministros do STF – Mendes, Rosa Weber e Luiz Fux -, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – Herman Benjamin, o relator da cassação da chapa Dilma-Temer, e Napoleão Nunes Maia Filho – e dois advogados, sem ligação com tribunais: Luciana Lóssio e Henrique Neves da Silva.
O brasiliense Henrique Neves da Silva tem histórico familiar na Justiça – é filho do ex-ministro do TSE Célio Silva e irmão do ex-ministro do mesmo tribunal Fernando Neves. Ele foi indicado para o tribunal eleitoral pelo ex-presidente Lula.
Também brasiliense, Luciana Lóssio, a outra advogada na Corte, foi defensora de Dilma durante as eleições presidenciais de 2010, quando a petista chegou ao cargo de presidente pela primeira vez. Foi a própria petista quem a nomeou para o TSE em outubro de 2011. Ela também já advogou para outros políticos, como o ex-governador do DF José Roberto Arruda e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney.
Dos ministros que vieram do STJ, tanto o paraibano Herman Benjamin quanto o cearense Napoleão Nunes Maia Filho chegaram à Corte em 2014, ambos por indicação de Lula. Benjamin, que é relator do processo, pediu a cassação tanto de Dilma quanto de Temer.
Entre os ministros que vieram do STF, tanto a gaúcha Rosa Weber quanto o fluminense Luiz Fux foram indicados ao STF por Dilma – Fux, no entanto, já era ministro do STJ, onde havia chegado por indicação de FHC em 2001.
Qualquer um dos ministros pode pedir vistas do processo nesta terça-feira e adiar por tempo indeterminado o julgamento. O primeiro a falar será Benjamin. Depois, na sequência, falam os ministros Nunes Maia, Neves, Lóssio, Fux, Weber e Gilmar Mendes.
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