domingo, 18 de fevereiro de 2018

Cegos fazem sucesso tocando abertura de Game of Thrones; assista

ORDEM E PROGRESSO .

Resultado de imagem para bandeira do brasil
                                                                                     
ACORDA BRASIL MUDA .
ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS .

Marco Antonio Marques .
Bom dia amigos .

Estamos começando de 2018  com esperanças renovadas .
Amigos intendam por favor o que eu estou oferecendo a todos os países .
Ideias inovadoras e sustentáveis para os setor elétrico mundial sem precisar de represas para gerar muita energia elétrica com total preservação do meio ambiente com zero impacto ambiental basta ter um pouco de água .
Mas sozinho e sem dinheiro jamais conseguirei .
Estou aqui para tira qualquer duvida estamos perdendo um precioso tempo eu já estou com 60 anos de idade . 
Porto Alegre 04/01/2018 09:39 horas .
RGS Brasil .


Fonte de informação .

G1 globo.com

Cegos fazem sucesso tocando abertura de Game of Thrones; assista

Músico de Santos (SP) criou o projeto Música Transformando Vidas baseado em uma metodologia própria, que consiste na memorização e solfejo musical.

Por Mariana Nadaleto, G1 Santos
 
Orquestra se apresentou com música da Game of Thrones
A música de abertura da aclamada série Game of Thrones tornou-se o carro-chefe das apresentações de um grupo de 40 alunos especiais do projeto Música Transformando Vidas (Promuvi), de Santos, no litoral de São Paulo. Com 95% de sua totalidade composta por pessoas cegas, a orquestra de sopro e percussão tem um repertório variado, que inclui clássicos e músicas de outras séries famosas. No entanto, a trilha que embala a saga dos Sete Reinos é a que mais comove o público e foi responsável por tornar o projeto nacionalmente conhecido.
O projeto já ensinou mais de 200 pessoas portadoras de necessidades especiais a tocarem instrumentos musicais. Hoje, a orquestra faz sucesso em seus concertos, e a música de Game of Thrones é o ponto alto do DVD ao vivo gravado pelo grupo.
O idealizador é o músico e escritor santista Paulo Eduardo Mauá, de 56 anos. A ideia surgiu após ele sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, há cerca de dez anos. Ele conta que isso transformou sua vida e o fez encontrar a verdadeira vocação.
Grupo já fez apresentações em diversos locais de Santos (Foto: Arquivo Pessoal)Grupo já fez apresentações em diversos locais de Santos (Foto: Arquivo Pessoal)
Grupo já fez apresentações em diversos locais de Santos (Foto: Arquivo Pessoal)
Mauá era professor e dono de uma empresa de informática, mas teve dificuldades para continuar trabalhando após o AVC. “Eu não conseguia sentar na cama, levar a escova de dentes à boca, nem falar palavras complexas. Então, minha pirâmide de valores ficou completamente invertida”.
Daí em diante, Paulo resolveu usar sua segunda chance para ajudar outras pessoas. Ele foi aconselhado pelo neurologista a voltar para a música, para acelerar sua recuperação. “Eu voltei a estudar bandolim e senti uma vontade maluca de tocar um projeto de música", relembra.
Mauá resolveu, em 2009, investir no projeto Música Transformando Vidas, com o objetivo de ensinar crianças carentes de Santos a trabalhar a musicalização. “A ideia era ensinar minha metodologia, que consiste na memorização e no solfejo musical, que é repetir o nome das notas musicais em vez de cantar a melodia”.
A partir disso, pessoas com necessidades especiais passaram a entrar no projeto. Atualmente, 95% do grupo são compostos por cegos. Hoje, Paulo tem 40 alunos ativos e conta que mais de 200 já passaram pelo projeto. "Temos participantes entre 30 e 85 anos, mas aceitamos pessoas de qualquer idade, é só bater na porta. Também não precisa ter nenhum conhecimento de música".
O grupo se fortaleceu em ensinar portadores de deficiências visuais com a chegada de Silvio Roberto Gonzaga de Souza, de 54 anos. Ele recebeu um convite de Mauá para se juntar à orquestra e foi o responsável por divulgar e levar mais alunos para o projeto.
Ele estudou trompete no conservatório de Cubatão, mas teve que largar sua grande paixão para ajudar seus pais. Aos 31 anos, sofreu um acidente e perdeu sua visão. Mas em 2009, recebeu uma segunda chance e decidiu se juntar ao grupo.
“Para mim foi ótimo o reencontro com a música, que é algo que gosto muito. Hoje retomei o trompete e estou aprendendo a tocar flauta. Com a música expressamos nossos sentimentos e é uma forma de transformar as nossas vidas e de quem está nos ouvindo”.
Ele ainda conta que o projeto é uma iniciativa importante e que pode diminuir o preconceito que muitos têm com pessoas portadoras de deficiências especiais. “Agora temos uma maior interação com a sociedade. Isso muda a forma como as pessoas nos veem e podem até se juntar a nossa voz”.
Paulo Eduardo Mauá é um dos idealizadores do projeto (Foto: Arquivo Pessoal)Paulo Eduardo Mauá é um dos idealizadores do projeto (Foto: Arquivo Pessoal)
Paulo Eduardo Mauá é um dos idealizadores do projeto (Foto: Arquivo Pessoal)

O projeto

Mauá trabalha com uma metodologia própria, criada com base em princípios de vários músicos. Seu método já chegou, inclusive, a Portugal. Ele explica que cursou mestrado à distância em comunicação acessível para a área de inclusão em uma universidade portuguesa. "Quando fui defender a minha tese, em 2017, recebi convites para dar uma aula e uma conferência sobre o projeto. Isso abriu muitas portas para a entrada do projeto na Europa".
Para introduzir os iniciantes às aulas, é usada a flauta doce, um instrumento barato, pequeno e de fácil transporte. Com o tempo, eles passam a aprender outros instrumentos, como o clarinete, saxofone, cajón, trompete, violão e ukulele. "A orquestra está ganhando corpo. Nós fazemos cerca de 30 concertos por ano. Já nos apresentamos em vários lugares, inclusive no Coliseu", comemora.
De acordo com o músico, as partes mais importantes do projeto são os trabalhos de socialização e autoestima, que ajudam a reintegrar os deficientes à sociedade. “Um lugar que antes eles nem iam como plateia, hoje sobem ao palco para tocar. Essa é uma grande realização pessoal, que poucas pessoas têm. Imagina para eles, como deficientes visuais”, explica.
Outra grande conquista foi a gravação do primeiro DVD ao vivo do grupo. Eles tocaram um repertório de quase duas horas, que inclui músicas de Beethoven, Beatles, Gilberto Gil e Game of Thrones. “Agora, eu sou mais crítico e os trato como músicos profissionais. Notei uma melhora musical e na vida pessoal deles. Alguns estão até buscando cursar faculdade de música".
Paulo ainda revelou seus planos para o futuro. Ele deseja consolidar cada vez mais o projeto em Santos, abrir a orquestra para mais instrumentos e montar um estúdio, com o objetivo do projeto gerar sua própria renda. “Existem males que vem para o bem. Essa parada que dei há dez anos reverteu toda a minha situação. Resolvi passar tudo a limpo e fazer a vida valer a pena”, finaliza.
Os interessados em participar do projeto podem comparecer às aulas de Prática de Conjunto, que acontecem todas as terças-feiras, das 9h às 11h, na Avenida Conselheiro Nébias, 267 (altos), no bairro Vila Mathias, em Santos. As aulas são gratuitas e não é preciso se inscrever.
Grupo já gravou um DVD ao vivo com um grande repertório
1
 
COMENTÁRIO

Nenhum comentário:

Postar um comentário