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Porto Alegre .
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15/05/2017 07:54 horas .
Fonte de informação
VEJA.com
O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse nesta quarta-feira que a posição do partido “é cada vez mais clara” pela saída do governo do presidente Michel Temer (PMDB). “O posicionamento é pelo desembarque, não é de oposição ao governo”, declarou.
Tasso defende a saída do PSDB da base aliada, mas a manutenção do apoio às reformas econômicas. Já o presidente afastado da legenda, Aécio Neves (MG), que retomou nesta terça-feira o mandato parlamentar, quer que a legenda mantenha a participação direta no governo, sem entregar os cargos que possui.
Independentemente do posicionamento de Aécio, Tasso considera que ele “terá que enfrentar o fato que é a posição da maioria”. “A posição do partido é cada vez mais clara. Não dá para controlar, as coisas vão acontecendo”, destacou. Ele disse que esta postura contrária ao governo está ficando evidente “pelos fatos”, citando como exemplo a posição dos deputados tucanos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde a denúncia contra Temer será analisada – ele avalia que a grande maioria já está se manifestando pelo recebimento da denúncia.
Tasso afirmou ainda que Aécio deve tomar uma decisão definitiva sobre quem ficará no comando da legenda até o final desta semana. “A decisão será dele porque é ele que tem o mandato de presidente”, disse. Tasso e seus aliados cobram Aécio por uma decisão definitiva sobre o comando da legenda, para garantir maior legitimidade às decisões tomadas. O tucano admite que o presidente tem influência nas decisões, mas que a sua opinião não é um fator determinante. “Vai restar ao presidente chancelar a decisão da maioria.”
Aécio
Afastado de suas funções parlamentares por cerca de 45 dias após decisão judicial, Aécio retornou na terça-feira ao Congresso Nacional com um discurso no plenário de apoio ao governo. Ele defendeu que Temer “continua a liderar” as reformas em discussão no Congresso, e pediu unidade ao partido. “Unidade é uma coisa, unanimidade é impossível”, disse Tasso, em referência à fala de Aécio.
Embora correntes do partido defendam seu afastamento definitivo da presidência, Aécio quer ganhar tempo até passar a votação do recurso pedindo a cassação de seu mandato no Conselho de Ética do Senado, nesta quinta-feira, e a votação da denúncia contra Temer na Câmara para que a decisão seja tomada.
(Com Estadão Conteúdo)
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